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Transporte dos gases respiratórios

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Definição 

Gases Respiratórios

A função do sistema respiratório é mover dois gases: oxigênio e dióxido de carbono. A troca gasosa ocorre nos milhões de alvéolos nos pulmões e nos vasos capilares que os envolvem.

Transporte de oxigênio e gás carbônico

O mecanismo de transporte de gases

O oxigênio que chega aos alvéolos pulmonares passa para os capilares sanguíneos por difusão simples, penetra nas hemácias e forma um complexo com a hemoglobina, chamado oxiemoglobina. Este complexo aumenta entre 30 e 100 vezes a quantidade de oxigênio transportado por simples difusão de oxigênio no sangue.

O sangue venoso volta aos pulmões carregado de dióxido de carbono, que também é transportado ligado à hemoglobina – formando carboemoglobina. Ao atingir os alvéolos, há uma troca: o dióxido de carbono é liberado e passa por difusão para o interior dos alvéolos, sendo expelido. O processo de desligamento do dióxido de carbono da hemoglobina, nos pulmões, é favorecido pela ligação da hemoglobina com oxigênio. Veja, a seguir, um esquema geral do transporte dos gases.

Em condições de repouso, uma pequena parcela do transporte de oxigênio (cerca de 3%) é realizada em sua forma dissolvida, mas durante exercícios a quase totalidade do oxigênio chega aos tecidos ligada à hemoglobina. O transporte por hemoglobina é tão importante que, quando este é bloqueado, ocorre a morte por asfixia: por exemplo, quando é inalado o monóxido de carbono, este se liga irreversivelmente à hemoglobina e pode causar a morte por asfixia. Por isso, é perigoso ficar em ambiente fechado com um carro ligado.

O transporte de gases pelo sangue também tem como função manter a acidez do sangue, porque é a partir da reação do CO2 com a água que são formados os íons bicarbonato e hidrogênio. Esta reação é mediada pela enzima
anidrase carbônica. Na realidade, 70% do CO2 é transportado dissolvido no sangue.

Regulação da respiração

 

  • Controle dos movimentos respiratórios:

O controle dos movimentos respiratórios é realizado pelo centro respiratório, composto por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente entre a ponte e o bulbo. O centro respiratório pode ser dividido em três grandes grupos: respiratório dorsal – responsáveis pela inspiração; 2. respiratório ventral – responsáveis pelas inspirações e expirações; e 3. pneumotáxico – frequência e padrão de ventilação. O excesso de acidez ou de dióxido de carbono no sangue ativa diretamente o centro respiratório. Ocorre um aumento da ventilação com o objetivo de eliminar o dióxido de carbono. A pessoa fica ofegante e respira com dificuldade – é só lembrar o que acontece após um forte exercício.

 

Os níveis de oxigênio são detectados por quimiorreceptores periféricos localizados nos corpúsculos carotídeos e aórticos. Conforme a pressão parcial de oxigênio diminui, os quimiorreceptores periféricos intensificam os estímulos nervosos para o centro respiratório, que responde prontamente aumentando a ventilação e os níveis de oxigênio. O diafragma, músculo que separa a caixa torácica do abdômen, é comandado pelo nervo frênico e pode ser controlado voluntariamente. Em condições normais, os centros respiratórios enviam um impulso a cada 5 segundos para que o diafragma contraia e ocorra a inspiração. Respire e sinta a movimentação da caixa torácica!

Equilíbrio acido-básico

  • A importância do pH sanguíneo:

O sistema respiratório é o principal controlador dos níveis de pH sanguíneo. O aumento da concentração de dióxido de carbono no sangue provoca aumento de íons H+ e, consequentemente, da acidez. Da mesma forma, a diminuição dos níveis de dióxido de carbono leva a um aumento da alcalinidade do sangue. O aumento do pH sanguíneo (alcalose) é detectado pelo centro respiratório, que responde diminuindo a ventilação pulmonar. Com esta redução, ocorre um acúmulo do dióxido de carbono e maior produção de íons H+, regularizando o pH. Por outro lado, a diminuição do pH sanguíneo (acidose) leva à excitação do centro respiratório, promovendo o aumento da ventilação pulmonar, o que deve resultar na eliminação do dióxido de carbono e no aumento do pH sanguíneo. Existem condições em que o sistema respiratório não é capaz de corrigir por si só o pH sanguíneo.

 

Por exemplo, uma pessoa com enfisema pulmonar é incapaz de eliminar corretamente o dióxido de carbono, resultando em uma acidose respiratória. O exemplo contrário seria uma pessoa com hiperventilação causada por altas altitudes; neste caso, o organismo é incapaz de normalizar a ventilação em virtude dos baixos níveis de oxigênio na atmosfera. Nessas ocasiões, o organismo necessita do sistema renal para corrigir o pH sanguíneo. A respiração pode ser controlada pelos centros superiores ou pela variação da CO2 , O2 e acidez (pH) do sangue. As informações da variação de [CO2 ] são percebidas nos quimiorreceptores localizados no bulbo, enquanto as variações de pH e O2 através de quimiorreceptores localizados nas carótidas e na aorta. Isto é na grande artéria que sai do coração e nas artérias que sobem através do pescoço levando sangue para o cérebro. Veja que todas as informações são centralizadas no bulbo, e depois transformadas em sinais para os músculos intercostais e o diafragma.

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O RESUMO DESTE CONTEÚDO ENCONTRA-SE NESTES VIDEOS ACIMA

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