top of page

Glicolise 

6450075.png

Definição 

Glicolise - A glicólise é um processo que degrada a glicose em duas moléculas menores, sendo essencial para a produção de energia dos organismos. Ela é dividida em duas fases, uma de investimento energético e a outra de compensação energética. Ao final das duas etapas, o saldo é de duas moléculas de ATP e duas moléculas de NADH.

Processo da Glicolise (Resumo)

A glicose é uma molécula obtida através da alimentação ou então da degradação do glicogênio armazenado em nosso corpo. O processo para a quebra dessa substância inicia-se com a adição de dois fosfatos em uma molécula de glicose, tornando-a muito estável e fácil de ser quebrada. Esse processo é chamado de ativação e ocorre com gasto de ATP.

A molécula instável de glicose, quando se quebra, forma duas moléculas de ácido pirúvico e gera quatro moléculas de ATP. Como no início do processo são utilizados fosfatos provenientes de duas moléculas de ATP, o saldo líquido é de duas moléculas.

Além disso, no processo de glicólise, ocorre a liberação de quatro elétrons e quatro íons H+. Das quatro moléculas H+, duas ficam livres no citoplasma, enquanto as outras duas, juntamente aos quatro elétrons, são capturadas pelo dinucleotídio de nicotinamida-adenina (NAD+) e formam o NADH. Em razão da capacidade de receber elétrons e os íons H+, o NAD+ é considerado um aceptor de elétrons.

De uma maneira resumida, podemos escrever a glicólise de acordo com a seguinte equação química:

C6H12O6 + 2ADP + 2Pi+ 2NAD+ → 2C3H403 + 2ATP + 2NADH + 2H+

O ácido pirúvico formado no processo de glicólise, com a presença de oxigênio, é usado na mitocôndria no processo de respiração celular. Quando, no entanto, não há oxigênio suficiente, o piruvato é transformado em ácido lático ou etanol (fermentação).

Enzimas Reguladoras da Glicólise

 

1. Fosfofrutoquinase:

  • Principal enzima de controle da via glicolítica.

  • Catalisa a etapa comprometedora da via glicolítica, que é a fosforilação da frutose-6-fosfato a frutose 1,6-bifosfato.

  • Regulada por efetores alostéricos negativos: ATP, citrato e íons hidrogênio

  • Regulada por efetores alostéricos positivos: AMP e frutose-2,6-difosfato.

2. Hexocinase

  • Catalisa a primeira reação da glicólise

  • É inibida pela elevação da concentração de glicose-6-fosfato

  • A inibição da fosfofrutoquinase leva a inibição da hexoquinase.

3. Glicoquinase: isoenzima da hexoquinase presente no fígado.

  • Não é inativada pela glicose-6-fosfato

  • Fornece glicose-6-fosfato para a síntese do glicogênio

  • Proporciona ao cérebro e aos músculos a primeira opção à glicose quando o seu suprimento é limitado.

4. Piruvato quinase

  • Quando o nível de glicose é baixo, o glucagon dispara uma série de reações de AMP cíclico fosforilando a piruvato quinase diminuindo a sua atividade.

  • Atividade reduzida pela alta concentração de ATP.

OBS: Defeitos nessas enzimas da via glicolítica são muito raras, pois, é incompatível à vida um indivíduo ser incapaz de realizar a glicólise. Defeito na enzima piruvato quinase, por exemplo, gera um quadro de anemia hemolítica, pois ela está relacionada com a ATPase que dá o aspecto bicôncavo da hemácia.

 

Inibidores da Glicólise

1. A 2-desoxiglicose:

  • É um outro substrato da hexoquinase, que pode dar preferência a ela, formando 2-desoxiglicos-6-fosfato.

  • A 2-desoxiglicose-6-fosfato não é um substrato da reação catalisada pela fosfoglicoisomerase.

  • A 2-desoxiglicose-6-fosfato acumula-se na célula e compete com a enzima.

2. Reagentes sulfidrílicos: Inibem a glicerol-3-fosfato desidrogenase.

3. Fluoreto: o anticoagulante fluoreto impede que as hemácias consumam a glicose do soro para análise, inibindo a enzima enolase (impedindo que ocorra a via glicolítica), evitanto a coleta de resultados errôneos, diferentemente do anticoagulante EDTA.

O RESUMO DESTE CONTEÚDO ENCONTRA-SE NESTES VIDEOS ACIMA

bottom of page